Matheus Melo
No 07 de setembro que passou, os brasileiros comemoraram o bicentenário da Independência do Brasil, a qual ocorreu encampada pelo Imperador Dom Pedro I em 1822, de maneira completamente prudente e harmônica. E, nessa data histórica para o nosso povo, não foi diferente, as ruas estiveram lotadas e foram pintadas de verde e amarelo. Aqui no Sul de Minas Gerais, o retorno dos desfiles cívicos – sem acontecerem nos últimos anos por ocasião da pandemia – mobilizou as pessoas em grandes demonstrações de patriotismo no feriado mais importante do ano.
Diante de nossa independência, Dom Pedro I compôs um belíssimo hino em que destacava que “já raiou a liberdade / no horizonte do Brasil”. Na época, não apenas raiou a liberdade, como também a ordem e a soberania brasileira, representadas pelas grandes atuações de Dom Pedro I e seu filho, Dom Pedro II, possibilitando que o país se mantivesse unificado e não completamente desmembrado em diversos outros países, como ocorreu nas colônias espanholas na América Latina.
Duzentos anos depois, o povo vai para as ruas em comemoração ao ato máximo de simbolismo democrático de nossa nação: a liberdade e a soberania nacional devidamente estabelecidas. Porém, para alguns é absurdo o sujeito defender a liberdade, vestir as cores do Brasil, estar com a família e ir às ruas comemorar o feriado mais importante que temos em nosso calendário. Exemplo disso é o ex-presidiário Lula comparando as mobilizações do 07 de setembro com reuniões da Ku Klux Klan (grupo neonazista americano conhecido por defender a supremacia branca e promover o racismo), indignado ao ver o patriotismo dos brasileiros que foram celebrar a independência, em um tom completamente abjeto e de desprezo ao nosso povo.
Como se não bastassem políticos desprezando a maior comemoração patriota do ano, a mídia também optou pelo pior caminho possível, deixando de destacar a festividade e optando por cenas completamente esculhambadas. Uma jornalista da grande mídia foi capaz de confundir a expressão “independência ou morte” com a “ordem e progresso” da nossa bandeira. Outros foram publicar que “justo no dia da Independência, existem pessoas com a bandeira do Império” demonstrando total desconhecimento de que o Brasil surgiu com o Império enquanto país soberano.
Só que, como diz essa mesma mídia, temos um “mas”. Apesar dos pesares de um jornalismo que considera o desfile cívico do 07 de setembro como ato de campanha e propaganda política, tivemos grandes demonstrações de patriotismo nos desfiles, bem como grandes carreatas nas grandes capitais e também no interior, como em nossa região no Sul de Minas.
Temos hoje um presidente que exerce devidamente o seu posto de Chefe de Estado e fomenta o patriotismo, aliado a cidadania e pleno respeito à democracia, entre os brasileiros. Voltamos a ver bandeiras de nosso país nas casas, as cores verde e amarela pelas manifestações nacionais. Vivemos um momento em que os ânimos são no sentido de apreço e gosto por viver no Brasil – e, naquilo que for preciso, mudaremos, mas não sairemos de nosso país por não vislumbrar um presente e futuro melhor.
Por fim, nesse bicentenário da Independência, também retomamos a lembrança dos grandes nomes que foram essenciais na formação do Brasil no século XIX, como Bonifácio, Nabuco, Bernardo Pereira de Vasconcelos, Paulino José Soares, Duque de Caxias, bem como nossos imperadores e a princesa Isabel. No passado, tivemos governos conservadores e liberais, os quais foram capazes de formarem um Brasil a partir de um projeto de país, não de um projeto de poder. Hoje, temos um presidente com um projeto de país, o qual disputa com um (des)condenado o cargo máximo da República e que tem consigo um projeto de poder que visa gerar uma cleptocracia (quando o governo é utilizado em prol de atos corruptos).
Não tememos as ímpias falanges que apresentam face hostil, nossos peitos, nossos braços, são muralhas do Brasil. Viva o Brasil de Dom Pedro. Viva o bicentenário da Independência. Viva a nossa pátria livre e soberana. Sigamos saudosos com a memória desse grande ato de independência, representação máxima da nossa liberdade enquanto brasileiros.
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