Alfenas recebeu na última terça-feira 766 doses da vacina Coronavac de um lote de 6 mil disponibilizadas pelo Estado de Minas Gerais à superintendência regional de saúde, para imunização dos grupos prioritários, conforme determinação do ministério da saúde, o que foi registrado por O Alfenense.
Delvia Lopes, por telefone, informou a reportagem de O Alfenense que trabalha há dois anos em uma residência terapêutica no período noturno, como cuidadora e, durante o dia, é instrutora em uma autoescola. Declarou que não entende que haja polêmica, já que está na lista das pessoas que devem ser vacinadas, conforme o protocolo do ministério da saúde.
Delvia publicou em uma rede social o momento em que recebeu a dose da vacina com agradecimento aos atuais gestores municipais/Foto: Redes Sociais
Deyv Cabral de Assis, secretária de saúde de Alfenas, explicou que a pessoa em questão é funcionária do município e atua como cuidadora em uma residência terapêutica no período noturno e faz parte do grupo prioritário. Todos os 37 profissionais que trabalham nas residências terapêuticas foram vacinados.
A secretária relatou que vem seguindo o protocolo de vacinação do ministério da saúde e que, prioritariamente, estão sendo imunizados com a primeira dose da vacina os profissionais de linha de frente de Covid-19 dos três hospitais da cidade, Alzira Velano, Imesa, Santa Casa, e também os profissionais do Lar São Vicente, das residências terapêuticas e os profissionais do hospital psiquiátrico do Bagé.
Devido à quantidade de doses de vacina disponibilizada, não foi possível neste momento vacinar os internos do Lar São Vicente, do Bagé e os moradores das residências terapêuticas, que serão vacinados assim que forem disponibilizadas mais doses da vacina para Alfenas, afirmou a Deyv Cabral.
A secretária informou que a vacinação com as doses recebidas será encerrada nesta quinta-feira e, após isso, a secretaria municipal de saúde disponibilizará ao ministério público um documento com os nomes de todas as pessoas vacinadas, inclusive com número de documento das que que receberam a primeira dose do imunizante, o que não é uma exigência do órgão, mas a secretária afirmou, em entrevista ao O Alfenense, que quer dar conhecimento à promotoria de todas as pessoas que foram vacinadas e, posteriormente, disponibilizará à imprensa este documento.
O Prof. Paulo Márcio de Faria e Silva, professor titular de microbiologia e imunologia do Instituto de Ciências Biomédicas da UNIFAL-MG, esclarece que, de acordo com o plano nacional de imunização, divulgado pelo ministério da saúde, o grupo prioritário para a primeira fase de vacinação inclui: trabalhadores de saúde; pessoas de 80 anos e mais; pessoas de 75 a 79 anos; pessoas de 60 anos ou mais, pessoas institucionalizadas e também indígenas.
Segundo o professor, o grande problema é que a estimativa para aplicação de duas doses da vacina, apenas nesse grupo, é de que serão necessárias quase 30 milhões de doses e, até esse momento, foram distribuídas cerca de 6 milhões de doses, ou seja, apenas 20% do necessário.
Uma vez que a quantidade de doses nesse momento é insuficiente, os estados e municípios têm definido suas prioridades que, de modo geral, incluem os profissionais de saúde que atuam diretamente junto a pacientes acometidos da Covid-19 e também os idosos institucionalizados, esclarece Paulo Márcio.
Prof. Paulo Márcio relata que, segundo os dados divulgados, a vacina Coronavac tem uma eficácia global de 50,38%. Já a vacina Oxford-Astrazeneca tem uma eficácia global de 70,4%. Convém lembrar que a Organização Mundial de Saúde considera aceitável uma eficácia mínima de 50%.
De acordo com dados públicos, o próprio governo estima que a vacinação no Brasil deve ser concluída em 16 meses, sendo quatro meses para vacinar todos os grupos prioritários e, em seguida, 12 meses para imunizar a "população em geral", afirma o professor.
Paulo Márcio ressalta que o comportamento indicado para toda a população, inclusive para quem receber a vacina, é continuar tomando todos os cuidados já recomendados desde o início da pandemia: usar máscaras, usar álcool em gel e evitar aglomerações, dentre outras.
O ministério da saúde estima que, para interromper a circulação do vírus, cerca de 60% a 70% da população brasileira precisa estar imune, enfatiza o Prof. Paulo Márcio.
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