Por Guilherme Abraão
Após 5 noites de apresentações, a peça “Quero Voltar para Casa”, em sua última sessão gratuita, lotou o Auditório “Leão de Faria”, da UNIFAL, fazendo o público se emocionar ao levar uma mensagem sobre o perdão, e a finitude da vida e os perigos no trânsito.
Com o Auditório “Leão de Faria” da Universidade Federal de Alfenas/MG lotado, chegou ao fim a temporada de apresentações da peça “Quero Voltar para Casa”, escrita pela atriz paulista Flora Geny. A encenação, que reuniu atores e atrizes alfenenses, foi dirigida por Denise Prado, com produção de Zulmira Albergaria, e teve apoio da Lei Paulo Gustavo.
A obra, que voltou aos palcos, conta a história de cinco personagens comuns, que após sofrerem graves acidentes de carro, acordam numa pousada, onde são tratados com muito carinho. Só que nenhum deles consegue ir embora depois de recuperados do susto.
Onde eles estão, afinal? Por que não conseguem encontrar o caminho de volta? Auxiliados pelo administrador da pousada, os cinco, ao mesmo tempo em que dividem seus conflitos íntimos com a plateia, vão, pouco a pouco, descobrindo o real significado do lugar que os acolhe. Uma história contada de forma emocionante e divertida.
Essa mesma peça havia sido montada em 2014, pelo Grupo de Teatro Amador Espírita do Sarai. A atriz Denise Prado à época ministrava oficinas de teatro no Sarai de Alfenas. Denise lembra que a peça percorreu os palcos e lotou espaços em cidades do interior paulista como Socorro, Itapira, Bragança Paulista, Serra Negra, Holambra e em várias por Minas Gerais.
Para ela, o melhor momento foi quando foram convidados para apresentar o espetáculo no Teatro da Urca, em Poços de Caldas, no Congresso Internacional Espírita, para cerca de 1.500 pessoas. Para tanto, o público foi dividido em três salas, sendo que duas salas por telão. Foi fantástico, relembra emocionada. Desta formação, apenas Denise Prado e Leonora Guarda ficaram na montagem, após 10 anos de sucesso.
Agora em 2024, o público que lotou as sessões no Teatro Municipal de Alfenas e que foram ao Auditório “Leão de Faria” da UNIFAL se emocionaram ao ver a atuação de Ney Lima (Luiz), Gisa Zouain (Helena), Evandro Rocha (André), Junior Paffaro (Administrador), Leonora Guarda (Leila), Yara Becker (mãe de Leila), Denise Prado (Zulela), Zulmira Albergaria (Vó Francisca). Na técnica teve Abel Biasi, Francisco Zouain, Helinho Passarinho e Thamara Almeida.
Em várias partes, o silêncio no escuro foi quebrado por sussurros de choros e alguns risos, sobretudo quando Denise Prado estava em cena, que, do início ao fim, constrói uma narrativa com uma história emocionante e reflexiva, ao final, em meio aos aplausos em pé da plateia, a experiente atriz Denise Prado lembrou que a direção e o elenco escolheram justamente o mês de maio por ser um mês da campanha “Maio Amarelo”, que busca conscientizar a sociedade sobre os perigos dos acidentes de trânsito, tema marcante da peça.
A professora Daniela Eufrásio (Instituto de Ciências Humanas e Letras), atual coordenadora de Cultura da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PROEC) da UNIFAL-MG, estava na plateia, que também recebeu dezenas de alunos do EJA da Escola Estadual “Judith Vianna”. A professora ressaltou a importância de que outros espetáculos teatrais utilizem os espaços da UNIFAL-MG.
Eufrásio destacou que é movimento importante a peça ser apresentada no auditório “Leão de Faria”, afinal é uma proposta da PROEC tornar a UNIFAL-MG um local de circulação de produções locais e regionais, uma vez que tem boa estrutura e equipamento técnico próprio, ainda mais nesse cenário de muitas ações de arte. Neste novo cenário cultural fomentando pelas Leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc, a Universidade tem essa missão de apoiar os fazedores de cultura, enfatiza a coordenadora de Cultura.
A direção e o elenco pretendem voltar aos palcos em junho e buscam apoio de empresas, principalmente de transporte e autoescolas, afinal a peça tem em seu enredo a temática dos impactos dos acidentes na vida das pessoas e pode ser uma ferramenta de conscientização para educação no trânsito. Várias Casas Espíritas também têm procurado pelo espetáculo, que certamente será mais uma vez um sucesso.
Vídeo com trecho da peça:
Sobre o “Maio Amarelo”
O “Maio Amarelo” foi criado pelo Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV) e é um projeto que une instituições governamentais e instituições privadas para promover campanhas de conscientização sobre os acidentes de trânsito. De acordo com o último levantamento completo do Ministério da Saúde, foram 33.894 mortes no trânsito em 2022, com média de 92,6 por dia.
O Brasil, com 203 milhões de habitantes, ocupa um incômodo terceiro lugar no ranking de países com mais mortes em decorrência de acidentes de trânsito, segundo o relatório Status Report on Road Safety, da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Serviço para agendamentos de espaços da UNIFAL-MG:
Quem tiver interesse pode entrar em contato com a Coordenação de Cultura da PROEC, através do e-mail: [email protected] ou pelo telefone 35 9153-1922 (WhatsApp)
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