UNIFAL-MG ajuda a fortalecer eleições em Alfenas

Por Guilherme Abraão

O Professor Sandro Amadeu Cerveira, Reitor da Universidade Federal de Alfenas/MG, pensando em aproximar os pré-candidatos a Prefeito de Alfenas da realidade da Universidade, justamente para fortalecê-la, tomou uma iniciativa louvável e que deveria ser copiada por outras instituições e segmentos da sociedade. Cerveira, que é cientista político, tem ligado pessoalmente para os postulantes e convidado para um bate papo em seu gabinete.

Todos os pré-candidatos foram convidados e aceitaram se reunir. Estiveram por lá Rose Junqueira, do MDB, Marcelo Polo, da REDE e Fábio Marques, do PT. Em breve Amadeu Peloso, do PL, e Jaime Daniel, do União Brasil também vão se reunir para conversar com o reitor e seu vice, o professor Alessandro Pereira.

Em um primeiro momento parece algo simples esse movimento da reitoria da UNIFAL-MG, mas não é, ao longo das conversas os pré-candidatos recebem informações sobre o tamanho da Universidade e os diversos projetos, serviços e ações em benefício de Alfenas que vem sendo desenvolvido ao longo de décadas, e que podem ser ampliados com apoio da Prefeitura, não apenas financeiro.

Neste ano a UNIFAL-MG completou 110 anos, ou seja, o desenvolvimento de Alfenas caminha e está entrelaçado à instituição. Do ponto de vista econômico, boa parte dos 300 milhões de reais do orçamento geral da UNIFAL-MG ajudam a girar a economia local de Alfenas em diversas áreas. Ao discutir as demandas e ouvir propostas voltadas às atividades da Universidade todos ganham, afinal, é impossível que Alfenas e UNIFAL-MG caminhem separados.

Conhecer a UNIFAL-MG, seus serviços, pesquisas e ouvir da Reitoria apontamentos técnicos ajudam demasiadamente a fortalecer a relação, é um grande passo, afinal, ainda existe um muro invisível da cidade com a instituição. Reconhecer a grandeza e potencializar novas parcerias é fundamental para cuidar da população de diversas formas, o olhar técnico, com método e rigor, algo que deveria ser seguido e respeito pelos políticos está presente no dia-a-dia da Universidade, e deveria ser regra de ouro nas gestões locais.

Espero e torço para que outras instituições e organizações locais sigam o belo exemplo da reitoria da UNIFAL-MG e também convide os pré-candidatos para ouvir e levar suas ideias de projetos para serem debatidas. Isso eleva o nível do debate eleitoral local, possibilitando ainda que sejam firmados compromissos públicos que irão beneficiar nossa população.

Esse movimento de ouvir e apresentar dados, estudos e apontamentos inclusive fazem os pré-candidatos saírem se duas zonas de conforto, suas bolhas eleitorais, afinal, eles precisam parar, pensar e discutir com seus pares o que irão apresentar, é um bom exercício de cidadania eleitoral para todos que estão no jogo político e irão definir o presente e futuro de Alfenas.

Em outubro, Alfenas fará 155 anos, será após as eleições e já saberemos que grupo político governará Alfenas pelos próximos 4 anos e esse movimento democrático e participativo da Reitoria vem em excelente momento. Afinal, precisamos nos reconectar e pactuar que todo desenvolvimento pretendido, e sonhado pode ser potencializado ou acelerado se o Poder Executivo Municipal caminhar com a Universidade. Pouquíssimas cidades com menos de 100 mil habitantes e no interior tem uma Universidade para chamar de sua, devemos honrar esse privilégio.

A UNIFAL-MG, através de sua Reitoria após essa rodada de escuta, irá elaborar um documento oficial e público, uma espécie de carta de compromisso para que os candidatos assinem e se comprometam, uma vez sendo eleitos a cumprir essas demandas apontadas. Como dito um movimento justo e necessário, a Universidade precisa atuar e pautar mais a política local, de forma republicana.

E quem sabe, após essa rodada a Universidade anima de organizar também sabatinas com os candidatos para apresentar e ouvir demandas de alunos, professores, técnicos, terceirizados, de toda comunidade. Alfenas, carece de momentos como este que foi iniciado pela Reitoria, novamente faço votos para que outros segmentos reproduzam esse exercício democrático.