Renata Santinelli
A presença de cães nas ruas no Brasil é uma realidade e é considerada uma questão de relevância em bem-estar animal e saúde pública. Impactando a sustentabilidade do ecossistema como um todo. Constitui-se entre seres humanos e animais de companhia um sistema social, onde os cães podem ser considerados membros significativos da família humana.
Apesar da proximidade das espécies, concomitantemente pode haver falência do vínculo entre o ser humano e o seu animal de estimação devido, principalmente, à falta de conhecimento dos tutores em prover as necessidades dos animais e zelar pela sua saúde e bem-estar. Bem como pode haver falência no quesito guarda responsável ao restringir a sua movimentação e ao assumir responsabilidade por toda a vida do animal. A falência no vínculo, aliadas à falta de políticas públicas efetivas, estão na base da problemática dos animais em situação de rua presenciada no Brasil.
É importante considerar que individualmente os cães podem ter diferentes status de guarda, diferentes graus de restrição sobre seus movimentos, interação social e reprodução, e diferentes níveis de dependência com os cuidados humanos.
Cães comunitários fortalecem o vínculo entre o cão e a comunidade. A manutenção de cães comunitários envolve a oferta de certo grau de supervisão, controle reprodutivo, desverminação, vacinação e cuidados básicos de alimentação e abrigo. Neste cenário, os cães passam a receber atenção que eleva seu grau de bem-estar e simultaneamente oferecem à comunidade humana barreiras sanitária e reprodutiva, uma vez que sua presença impede a migração de cães não vacinados e reprodutivamente ativos à região.
Cães e gatos errantes sempre vão existir nos municípios. Assim fica evidente a implantação do programa do animal comunitário em que a sociedade é participante ativa de seu cuidado bem como determinação dos espaços públicos para alimentação e abrigos desses animais, com algumas competências e responsabilidade desses animais pelo Poder Público envolvendo também as associações de proteção animal, ONGs e protetores locais. Cães comunitários saudáveis, cuidados, castrados são inclusive vistos com bons olhos tanto pela sociedade quanto por visitantes dos municípios.
A presença de cães comunitários é a certeza de uma cidade saudável e comprometida com os animais!
Na sua cidade existem animais comunitários? Comente aqui! Lembre-se que o animal para ser considerado comunitário deve estabelecer vínculo de manutenção e dependência com a comunidade ou local onde vivem, não havendo um tutor definido, mas sim, mantenedores responsáveis por alimentação, abrigo e cuidados diários de forma continuada. O cão comunitário obrigatoriamente deve ser aquele que não apresenta risco para comunidade e ser mantido castrado, vacinado, saudável e identificado.
Lembrem-se sempre: cães comunitários são protegidos no estado de MG pela lei 21.970/16. Quaisquer atos de maus tratos ou violência contra animais, mesmo que errantes, pode e deve ser denunciado!
Na próxima semana falaremos vamos nos encontrar novamente com um tema pra lá de especial. Eu espero você!
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