Um dia de vitórias: deputado Luizinho celebra avanços da Reforma Agrária ao lado do presidente Lula

O deputado estadual Luiz Antônio da Silva (PT-MG), o Luizinho, participou da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Sul de Minas, realizada na última sexta-feira (7). Durante o evento, Lula anunciou medidas para a Reforma Agrária, como a entrega de 12.297 lotes em 138 assentamentos rurais de 24 estados, beneficiando milhares de famílias que buscam o direito à terra.

Para Luizinho, o encontro, que reuniu mais de quarenta prefeitos da região, além de parlamentares, ministros, secretários, autoridades políticas, representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) de diversos estados e apoiadores da causa, representou um marco para o sul de Minas e Campo do Meio, onde foi realizado.

“Um histórico dia de vitórias! Com o acesso à terra, essas mais de quatrocentas famílias terão, pela primeira vez, o direito de produzir alimentos com financiamento. O presidente Lula veio a Campo do Meio para fortalecer a produção agrícola e familiar, garantindo mais produção, mais dignidade para quem trabalha na terra e mais comida na mesa para todos os brasileiros”, afirmou o deputado.

Durante o evento, Lula também anunciou investimentos estratégicos para Campo do Meio, incluindo a construção de um dique de contenção, no valor de R$ 20 milhões, e a entrega de 85 moradias para famílias assentadas no Quilombo Campo Grande, com investimento de R$ 12 milhões.

Quilombo Campo Grande: uma conquista histórica

Luizinho relembrou o início do acampamento Quilombo Campo Grande, que começou nos anos 1990, quando a antiga Usina Ariadnópolis declarou falência, deixando um passivo de dívidas trabalhistas e com a União.

Em 1997, o parlamentar esteve na ocupação das terras ao lado de trabalhadores sem-terra, muitos deles ex-funcionários da usina. Atualmente, 450 famílias produzem na área, garantindo renda e sustento para milhares de pessoas. Desde então, o movimento tem lutado pela desapropriação definitiva da área.

“Os antigos donos desta terra não endividaram a usina porque erraram na produção ou fizeram maus negócios. Eles pegaram R$ 500 milhões emprestados do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, não pagaram e depois vieram com a história de que a empresa ‘quebrou, faliu’. Mas a gente sabe muito bem como funciona essa tal falência: o dinheiro, na verdade, vai para outros investimentos. Os Sem-Terra só ocupam terras nessas condições, terras abandonadas e cheias de dívida. Fazer a reforma agrária em terras como estas é fazer Justiça, principalmente com os trabalhadores da usina, que foram demitidos e não receberam nem um centavo de acerto”, explicou Luizinho.

 Para o deputado, a reforma agrária é essencial para fortalecer a produção nacional e reduzir a dependência da exportação. “São dois milhões de pés de café plantados e em plena produção no Quilombo Campo Grande. Aqui, ninguém passa fome. Tem de tudo: jaca, goiaba, mamão, abóbora, milho, uma verdadeira abundância. A solução para o Brasil é produzir mais. Desde que as caravelas portuguesas chegaram, só levam nossas riquezas embora. Mas o pequeno produtor, não: ele produz para nós, para o Brasil. Não é tudo exportado. É isso que a reforma agrária faz: garante que a gente produza nossos próprios alimentos”, afirmou.

 Mobilização política pela desapropriação

Desde o início de seu mandato, Luizinho tem articulado politicamente para acelerar o processo de desapropriação das terras da antiga Usina Ariadnópolis. Em fevereiro de 2023, ainda no primeiro mês como deputado estadual, Luizinho esteve em Brasília ao lado dos deputados Rogério Correia (PT-MG) e Beatriz Cerqueira (PT-MG) para entregar um ofício ao ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira. No documento, solicitaram atenção especial do Ministério ao processo de regularização fundiária do acampamento em Campo do Meio.

Na ocasião, o ministro assumiu o compromisso de visitar os acampamentos do MST no município, a convite de Luizinho, e se comprometeu a avançar na regularização das terras. Dois anos e um mês depois desse encontro, a promessa foi cumprida.