Quinta, 15 de Maio de 2025
10°C 23°C
Alfenas, MG
Publicidade

Operação resgata uruguaios de trabalho análogo à escravidão em Minas

Vítimas foram aliciadas por redes sociais com promessa de trabalho

26/04/2025 às 07h57 Atualizada em 26/04/2025 às 08h23
Por: Redação 4 Fonte: Agência Brasil
Compartilhe:
Foto: Wellyngton Souza/Sesp-MT / Agência Brasil
Foto: Wellyngton Souza/Sesp-MT / Agência Brasil

Uma ação coordenada da Polícia Federal (PF), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e do Ministério Público do Trabalho (MPT) libertou dois estrangeiros aliciados por uma rede de tráfico de pessoas. Enganados por falsas propostas de trabalho e mantidos em condições análogas à escravidão, as vítimas estavam na cidade de Planura, de 11 mil habitantes, no triângulo mineiro.

A denúncia, recebida pelo Disque 100, apontava que uma vítima era mantida em situação de cárcere privado, obrigada a realizar trabalhos domésticos e serviços em um estabelecimento comercial , sem qualquer remuneração. Segundo o MPT, também foi denunciado que havia "agressões físicas e verbais, isolamento social, retirada de documentos e restrição de liberdade, além de possíveis abusos psicológicos e sexuais". Havia indícios de que as violências ocorriam há anos.

De acordo com a Operação Novo Amanhã, os investigados usavam plataformas para abordar pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica e afetiva, prometendo trabalho, moradia e acolhimento. As abordagens exploravam principalmente membros de comunidades LGBTQIAPN+.

A ação prendeu três pessoas em flagrante por submeterem um cidadão uruguaio, homossexual, a condições degradantes de trabalho e restrição de liberdade. De acordo com o MPT, ele era mantido há mais de oito anos trabalhando sem pagamento, em troca apenas de moradia e alimentação.

"Marcas de agressões físicas foram identificadas e confirmadas por testemunhas, e há indícios de outras formas de violência, como exploração sexual e extorsão", complementa o MPT em nota. A equipe do MTE constatou que ele foi coagido a fazer uma tatuagem com as iniciais dos patrões, como símbolo de posse.

Uma semana depois, outra vítima da rede foi identificada. Uma mulher transexual, também uruguaia. Segundo o MTE, que enviou fiscais em ambas as diligências, ela "também foi levada ao local por meio de falsas promessas e inserida em um vínculo de trabalho doméstico informal. Durante o período em que esteve na casa dos empregadores, chegou a sofrer um acidente vascular cerebral".

As vítimas seguem em acolhimento pelas Clínicas de Enfrentamento ao Trabalho Escravo da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e do Centro Universitário Presidente Antônio Carlos (UNIPAC), que oferecem assistência médica, psicológica e jurídica.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Alfenas, MG
23°
Parcialmente nublado

Mín. 10° Máx. 23°

23° Sensação
2.82km/h Vento
49% Umidade
0% (0mm) Chance de chuva
06h27 Nascer do sol
05h33 Pôr do sol
Sex 24° 12°
Sáb 24° 11°
Dom 24° 11°
Seg 26° 11°
Ter 26° 13°
Atualizado às 16h01
Publicidade
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 5,68 +0,74%
Euro
R$ 6,36 +0,84%
Peso Argentino
R$ 0,00 +0,00%
Bitcoin
R$ 624,904,67 +0,17%
Ibovespa
139,334,38 pts 0.66%
Publicidade
Anúncio
Publicidade
Publicidade
Publicidade